Ptose Palpebral

A ptose palpebral é a queda da pálpebra superior, podendo ser de origem congênita ou adquirida. Normalmente, a pálpebra superior cobra apenas 1 a 2 mm da porção superior da córnea. A queda ou ptose da pálpebra, além do comprometimento estético, pode diminuir o campo de visão. Veja os exemplos abaixo:

Pálpebra caída Saúde Ocular
Pálpebra caída Saúde Ocular
Ptose da pálpebra Saúde Ocular
Ptose da pálpebra
Pálpebra caída antes da cirurgia Saúde Ocular
Pálpebra caída antes da cirurgia
Após cirurgia para corrigir a pálpebra caída
Após cirurgia para corrigir a pálpebra caída

 

A sintomatologia irá depender da intensidade da queda da pálpebra:
– Assintomática
– Dificuldade visual
– Peso sobre os olhos
– Posição anômala de cabeça
– Ambliopia ou olho preguiçoso

Muitas vezes o paciente, de forma inconsciente, tenta compensar a queda da pálpebra por meio da contração da musculatura frontal. Este mecanismo eleva os supercílios produzindo sulcos horizontais na fronte(testa). Se você acha que pode ter ptose, compare uma foto recente com outra mais antiga.

Causas da ptose palpebral:


Ptose Palpebral Congênita

A ptose palpebral congênita é aquela onde a criança já nasce com a ptose. Muitas vezes, a causa é uma distrofia do músculo elevador da pálpebra, ou paralisia do nervo. A ptose palpebral congênita pode impedir a função visual quando a pálpebra fica abaixo da pupila. A cirurgia pode ser realizada no bebê, caso fique comprovado o comprometimento visual. Em casos menos graves a cirurgia está indicada caso haja comprometimento social da criança, já em fase escolar. 

Ptose Palpebral Adquirida

A ptose palpebral adquirida é aquela onde a queda da pálpebra ocorre após o nascimento, podendo ser originária de várias causas, como:

Ptose Palpebral Involucional ou senil: 

Ocorre principalmente a partir dos 60 anos de idade. Resulta da desinserção do tendão do músculo elevador da pálpebra superior. 

Ptose Palpebral por Miopatias:

Pode ocorrer devido a Miopatia mitocondrial, miastenia grave e  distrofia miotônica.

Ptose Palpebral Origem Neurogênica:

Pode ser causada por paralisia do III par por AVC ou traumatismo crâniano

Ptose Palpebral Traumática:

Ocorre por traumas palpebrais diretos ou nas orbitas.

Ptose palpebral de origem mecânica:

Pode ocorrer devido a tumores nas pálpebras e conjuntivas ou cicatrizes em conjuntivas.

Ptose de origem inflamatória:

A pálpebra caída também pode ocorrer após uso prolongado de lentes de contato, por possível inflamação do músculo elevador da pálpebra superior. Nestes casos, a interrupção do uso da lente de contato por um grande período é a melhor forma de tratamento. Casa não melhore, lançamos mão do tratamento cirúrgico.

Pseudoptose

Existe ainda uma condição considerada pseudoptose e pode ocorrer em qualquer idade. Ela é mais frequente nos pacientes acima de 50 anos. Ocorre pelo excesso de pele nas pálpebras (dermatocálase) que promove um aumento de peso nas pálpebras superiores.  Como consequência, pode haver diminuição do campo visual superior e lateral, o que interfere na qualidade da visão.

Tratamento da ptose palpebral

O tratamento, na maioria dos casos, é cirúrgico. O tratamento cirúrgico da ptose palpebral pode ser por motivos estéticos e ou funcionais, quando há interferência na visão do paciente.

Na ptose palpebral congênita a cirurgia deve ser realizada precocemente quando existir risco de ambliopia devido à queda da pálpebra acentuada. Existem várias técnicas para a correção cirúrgica da ptose palpebral. O oftalmologista especialista em ptose palpebral indicará o melhor procedimento para cada paciente. 

Normalmente o pós-operatório da correção da ptose palpebral é muito simples. Não há dor e retira-se os pontos entre 7 a 12 dias depois da cirurgia. 

Frequentemente a ptose palpebral acompanha os casos de excesso de pele nas pálpebras e deverá ser corrigida no momento da blefaroplastia pelo oftalmologista Especialista em Cirurgia Plástica Ocular. 

Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).

Dr. Renato Garcia
CRM-SP 109092 RQE 31238

Médico Oftalmologista

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