Olho seco

Olho Seco

O olho seco trata-se de alteração na qualidade ou quantidade da lágrima, que umedece, protege, oxigena e limpa a superfície ocular, além de manter a transparência da córnea, essencial à boa visão. O oftalmologista especialista em olho seco pode oferecer as melhores alternativas de tratamento para cada caso.

Classificamos o olho seco em:
  • por redução na quantidade aquosa da lágrima. Desenvolve-se em condições que comprometem a função das glândulas lacrimais. A maioria desses casos está ligada a diminuição da produção lacrimal associada ao envelhecimento e alterações hormonais que ocorrem na menopausa e andropausa. Além disso, doenças autoimunes, como Síndrome de Sjogren também provocam olho seco. Alguns tipos de medicamentos podem diminuir a produção aquosa da lágrima, como antidepressivos, antialérgicos, anti-hipertensivos, descongestionantes nasais, pílula anticoncepcional e alguns tratamentos medicamentosos para acne.
  • evaporativo. Relaciona-se à piora da qualidade da lágrima por alterações em uma ou mais das três camadas que a compõem: água, mucina e gordura. É de extrema importância o equilíbrio desses três componentes para a saúde da superfície ocular. Entre as principais causas estão a disfunção das glândulas de Meibomius, uso de lentes de contato e outras alterações cicatriciais da superfície ocular.

 

Como resultado, os sintomas podem piorar quando há exposição a determinadas condições do meio ambiente, como em ambientes secos (ar condicionado), poluídos ou através do uso prolongado de computadores e smartphones.

Em síntese, sem lágrima os olhos ficam mais expostos à ação de fungos e bactérias, que podem provocar doenças como conjuntivite (inflamação da conjuntiva) e úlceras na córnea. Olhos ressecados favorecem infecções repetidas que tornam a córnea opaca e levam à perda da visão.

Olho seco Saúde Ocular
Olho seco

A síndrome do olho seco ocorre em cerca de 10 a 30% da população adulta, sobretudo em mulheres acima de 50 anos de idade. Pode manifestar-se em qualquer época do ano. Contudo, no outono e inverno, pela baixa umidade do ar, tende a se intensificar.

Sintomas do olho seco:

⦁ ardência,
⦁ secreção ocular,
⦁ coceira,
⦁ queimação,
⦁ olhos vermelhos e irritados,
⦁ visão borrada que melhora ao piscar,
⦁ sensibilidade à luz,
⦁ desconforto depois de usar telas (computador, tablets e smartphone).

Ceratite puntata Saúde Ocular
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Diagnóstico do Olho Seco

O diagnóstico da Síndrome do Olho Seco deve ser realizado pelo oftalmologista especialista em olho seco, com base em uma análise clínica em consulta médica. Ocasionalmente, em alguns casos podem ser exigidos exames complementares.

Pessoas com os sintomas de olho seco devem consultar um oftalmologista especialista em olho seco.

Sendo assim, o tratamento do olho seco deve ser individualizado e focado na melhoria dos sintomas e sinais da doença a longo prazo.

Tratamento do olho seco:

⦁ Colírios de lágrimas artificiais;
⦁ Oclusão da drenagem de lágrimas com plugs ou oclusão definitiva dos pontos lacrimais;
⦁ Uso de medicamentos sistêmicos, como derivados da tetraciclina e azitromicina
⦁ Suplementação alimentar com ômega-3;
⦁ Uso de óculos especiais
⦁ O uso de anti-inflamatórios tópicos, como os corticoides e outros agentes imunomoduladores, como ciclosporina e tacrolimus.
⦁ Imunomoduladores sistêmicos
⦁ Soro autólogo;
⦁ Cirurgia em caso de cicatrizes na superfície ocular
⦁ Luz pulsada
⦁ Aquecimento e expressão das glândulas de Meibomius

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Lágrimas artificiais - lubrificantes para olho seco
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Contudo, apesar do grande arsenal terapêutico disponível, o resultado do tratamento muitas vezes é insatisfatório, o que têm levado o oftalmologista especialista em olho seco a buscar alternativas terapêuticas mais modernas e eficazes.

É importante saber quando é preciso incorporar tecnologias avançadas, como a luz pulsada intensa (IPL) e ou o aquecimento e drenagem das glândulas de Meibomius, para tratar a blefarite e o olho seco evaporativo de forma mais eficaz. Essas modalidades de tratamentos têm se mostrado altamente eficientes na redução da inflamação e na melhoria da saúde das glândulas de Meibomius, que desempenham um papel crucial na produção de lágrimas de qualidade.

Luz Intensa Pulsada (IPL)

A tecnologia Luz Intensa Pulsada (IPL) foi inicialmente utilizada por dermatologistas para tratar doenças da pele, como rosácea, sendo depois adaptado para uso em oftalmologia.

O aparelho possui uma fonte de luz policromática que produz pulsos luminosos regulados que penetram na pele ao redor dos olhos.  Isto leva a redução de inflamação e alterações vasculares das margens palpebrais onde drenam as glândulas de Meibomius. Além disso, o calor produzido ajuda a desobstruir e ativa a inervação dessas glândulas, fazendo-as voltar a funcionar adequadamente.

Uma das vantagens desse tratamento inovador é que a aplicação é rápida, indolor e realizada em 3 a 4 sessões com intervalo de 15 a 30 dias. Posteriormente, nova sequência de aplicação é recomendada em 12 meses.

Luz Intensa Pulsada (IPL)
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Pulso Térmico Vetorial

Outra modalidade de tratamento é o pulso térmico vetorial com expressão das glândulas de Meibomius. Pulsos de calor são enviados através das pálpebras enquanto estas são massageadas o que ajuda na desobstrução das glândulas. Isto permite a liberação da camada oleosa de boa qualidade para impedir a evaporação precoce do filme lacrimal

Pulso Térmico Vetorial Saúde Ocular
Pulso Térmico Vetorial
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Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).

Dr. Renato Garcia
CRM-SP 109092 RQE 31238

Médico Oftalmologista

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