Estrabismo é o termo médico usado para indicar um desvio ocular, mas nem sempre é real. Durante os primeiros meses de vida da criança os olhos podem apresentar movimentos desordenados para dentro ou para fora. Quando um bebê começa a focalizar melhor as imagens, aproximadamente aos quatros meses de idade, os olhos ficam alinhados na maior parte do tempo.
A preocupação dos pais é natural, olhos desviados devem ser tratados, pois caso contrário pode ocorrer perda da visão total ou parcial em um deles. Entretanto, a aparência de estrabismo pode ser uma ilusão criada pela base larga do nariz ou por dobras da pele das pálpebras (epicanto) que cobrem a parte branca do olho próximo nariz, dando uma sensação de desvio, especialmente quando a criança olha para os lados.
A falsa aparência de estrabismo é chamada pseudoestrabismo e vai desaparecendo com a idade, conforme a prega nasal se estreita e as dobras da pálpebra desaparecem. Já o estrabismo verdadeiro não melhora com o crescimento e é necessário tratamento para corrigir o desvio e permitir que a visão normal seja desenvolvida em ambos os olhos.
O estrabismo não deve ser ignorado e um simples exame pode ajudar a evitar perda da visão. Portanto, leve seu filho ao oftalmologista. Uma criança cujo olhos estão verdadeiramente desviados usará somente um dos olhos de cada vez para evitar ver duplo. O olho desviado pode não desenvolver boa visão e ficar amblíope (olho preguiçoso), a menos que a criança use tampão no olho bom. A detecção precoce (até os 7 anos de idade) da ambliopia é importante para o sucesso do tratamento.