Blefaroespasmo

Blefaroespasmo é uma distonia facial caracterizada por contração espontânea, espasmódica, podendo ser bilateral, involuntária dos músculos da pálpebra (músculo orbicular, corrugador do supercílio e prócerus). Sua etiologia é incerta. No entanto, há evidências que ocorre um aumento da descarga excitatória originária dos gânglios da base do sistema nervoso central.

O início do blefaroespasmo é insidioso, com o aumento da frequência do piscar. Desse modo, o paciente acredita ser uma irritação ocular desencadeada pela luz ou diminuição do filme lacrimal. Pode passar anos desde o início dos sintomas até ser feito o diagnóstico correto.
O blefaroespasmo pode progredir para espasmos progressivamente mais intensos e duradouros, resultando em períodos de cegueira funcional por manter as pálpebras fechadas. A progressão da doença é variável e no estágio precoce é possível haver períodos de remissão e exacerbação. Não raro, os pacientes relacionam a piora dos sintomas com algum trauma psicológico.

Fatores que desencadeiam ou pioram os sintomas são: luz, “stress”, cansaço, dirigir, ler e assistir televisão. Ações como dormir e relaxar podem melhorar os sintomas. Alguns pacientes desenvolvem maneirismos na tentativa de disfarçar a doença tais como, mascar chicletes, bocejar, esfregar as pálpebras com força, assobiar, falar continuadamente. Isto muitas vezes ocasiona um retardo no diagnóstico.

O blefaroespasmo é uma doença multifatorial em sua origem e manifestação. Alguns pacientes podem apresentar também contrações involuntárias de outros grupos musculares da face, caracterizando a síndrome de Meige, síndrome de Brueghel ou a distonia orofacial idiopática.

O tratamento do blefaroespasmo é clínico, e ocorre através da aplicação da toxina botulínica nos músculos ao redor dos olhos que são afetados. O tratamento deve ser realizado com especialista em doenças palpebrais. Novas aplicações são repetidas a cada 5 meses.

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Dr. Renato Garcia
CRM-SP 109092 RQE 31238

Médico Oftalmologista

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