Tremor palpebral

É comum haver pacientes no consultório com a queixa de que o olho está “tremendo” ou “pulando”. Na verdade, o que ocorre são contrações involuntárias de pequenas fibras do músculo orbicular da pálpebra na região pré-tarsal (fig legenda F). A esse fenômeno damos o nome de tremor palpebral ou mioquimia, a qual pode ocorrer em qualquer grupo muscular do corpo humano.

Orbicular saúde ocular

O tremor palpebral é muito frequente e as principais causas são o estresse mental, o cansaço, o sono, a ansiedade e o uso excessivo de bebidas com cafeína. Nestes casos o tremor dura de horas a alguns dias, podendo ocorrer períodos sem sintomas.

O tratamento do tremor palpebral baseia-se no tratamento das causas, como o estresse, o cansaço, etc. Destacamos que não há indicação de aplicação de toxina botulínica pois as contrações são temporárias e não geram movimento de piscar.

São sinais de alerta de tremores palpebrais atipicos:
– Tornam-se cada vez mais constantes;
– Alterações de força ou sensibilidade;
– Cansaço excessivo;
– Emagrecimento, náuseas, vômitos, alterações do ritmo cardíaco (arritmias) ou alterações visuais/paladar/olfato.

Nestes casos, podemos ter causas mais graves, e que precisarão ser investigadas por um neurologista em consultório.

O tremor palpebral assemelha-se ao blefaroespasmo nas contrações involuntárias. Neste último, há um comprometimento maior do número de fibras musculares fazendo com que o paciente pisque constantemente. Outra diferença fundamental são as causas que diferem uma da outra, não sendo, portanto, o Blefaroespasmo uma evolução do tremor palpebral.

Todas as informações fornecidas neste website têm caráter meramente informativo, com o objetivo de complementar, e não substituir, as orientações do seu(sua) médico(a).

Dr. Renato Garcia
CRM-SP 109092 RQE 31238

Médico Oftalmologista

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